Ações de conscientização e empoderamento marcam o Dia da Mulher Negra

Data é símbolo da luta das mulheres negras contra o racismo e a opressão

Ações de conscientização e empoderamento marcam o Dia da Mulher Negra


Texto: Marcos Sacramento - Foto: Divulgação/Sedir-PMS

No dia 25 de julho é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra, Latina-Americana e Caribenha, data instituída em 1992 como símbolo da luta das mulheres negras contra o racismo e a opressão de gênero. 

Para marcar a data, na qual também é celebrado o Dia Municipal da Mulher Negra, a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (Sedir) e a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPOM)  elaboraram uma programação voltada à conscientização e valorização das mulheres negras do município da Serra.

Neste domingo (25), será realizado o “Piquenique Afro das Mulheres Negras”. O encontro será no anfiteatro do Parque da Cidade, a partir das 9 horas. Para participar, basta levar uma canga ou esteira, o lanche para consumo e partilha e boas ideias de empoderamento para compartilhar. O uso de máscara é obrigatório e será observado o distanciamento entre as participantes. 

Na terça-feira (27), no CRAS/CAI de Jardim Carapina, às 17 horas, acontece a “Feira Afroempreendedora” e a roda de conversa sobre empoderamento das mulheres negras, com presença de Ana Paula Rocha, professora e Coordenadora do Círculo Palmarino Núcleo de Mulheres Negras do ES. 

Negras são maioria na Serra

Das 140.789 pessoas em vulnerabilidade social e cadastradas no Cadúnico no município da Serra, 58% são mulheres e 83% são negras. Diante deste cenário, a celebração do Dia Internacional da Mulher Negra, Latina-Americana e Caribenha se torna fundamental para contribuir na promoção da luta contra o racismo e no empoderamento das pessoas negras. 

Entre as muitas mulheres negras do município da Serra estão as ativistas de movimentos de defesa dos direitos humanos e atualmente conselheiras municipais Norma Aparecida de Sousa Ramos e Fátima Tolentino da Silva. 

“Me orgulho de ser mulher, de ser negra, de ser brasileira e de representar a força, a mão, e o coração que constroem nosso país. Estou na luta e nela permanecerei, até que a liberdade, igualdade e respeito sejam realidade neste país”, afirma Norma, representante da Federação das Associações de Moradores da Serra (FAMS) no Conselho da Mulher Serrana (COMMUS). 

Coordenadora do Conselho Municipal da Serra e presidenta estadual do Conselho de Promoção da Igualdade Racial do Espírito Santo (CEPIR), Fátima destaca a importância da data na luta pela defesa da igualdade racial e no combate ao racismo. 

“O 25 de Julho é resultado de reflexões de negros e negras que viveram a diáspora africana e em 1992 se organizaram para refletir acerca da situação das mulheres negras e do fortalecimento das entidades que lutam contra o racismo e a desigualdade das mulheres negras. A nossa luta é por oportunidades na equidade, para que todas as mulheres pretas sejam atendidas com dignidade nas políticas públicas”, destaca Fátima.