Armas de choque para situações extremas no trânsito

Dos 54 agentes que compõe o Departamento de Operações de Trânsito (DOT), 45 estão nas ruas, portando o equipamento

Armas de choque para situações extremas no trânsito


Texto: Deborah Hemerly - Foto: Divulgação/Sedes-PMS

Os agentes municipais de trânsito da Serra já podem contar com mais um aliado, durante a realização dos seus trabalhos: os dispositivos elétricos incapacitantes. Neste momento, dos 54 agentes que compõe o Departamento de Operações de Trânsito (DOT), 45 estão nas ruas, portando o equipamento.

Segundo o secretário de Defesa Social da Serra, Joel Lyrio, a novidade, que age no sistema nervoso central da pessoa atingida, provocando a imobilização momentânea dela, vai dar proteção ao agente, no seu dia a dia de trabalho.

“Os agentes estão autorizados por lei para utilizar o equipamento, em situações extremas. Isso sem contar que, além da proteção do agente de trânsito, com o uso do dispositivo elétrico, também é trabalhada a questão dos Direitos Humanos, haja vista que dá proteção à vida”, salientou.

O secretário destacou o valor do investimento: “Foi de cerca de R$ 400 mil. Já estamos com processo de compra para mais 50 equipamentos desses”.

O diretor do Departamento de Operações de Trânsito (DOT), Fábio Alves, também falou da novidade. “A utilização das armas de choque, como são popularmente conhecidas, é uma obrigação legal (Lei 13.060/ 2014), e permite uma proteção aos nossos agentes de trânsito, nas suas atuações”.

Capacitação para uso

Desde o ano passado, os agentes de trânsito estão se preparando para usar os dispositivos elétricos incapacitantes, quando começaram as aulas teóricas.  A capacitação que habilitou os servidores terminou nos dias 15 e 16 de março, com as aulas práticas, em Portal de Jacaraípe.

A capacitação, que aconteceu no Pró-Cidadão, das 8 às 12 horas, foi ministrada pelo instrutor e coordenador do Serviço de Armamento, Tiro e Técnicas Operacionais da Academia de Polícia Civil (Acadepol), o investigador Dilson Vicente Nunes. Temas como legislação aplicada ao emprego de Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO), leis e princípios básicos de eletricidade, aplicabilidade, manejo e emprego da SPARK e diversos estudos de casos foram trabalhados com os agentes.

“O equipamento vem com um estojo, bateria e munição, que são seis dardos. Ele tem a capacidade de atingir 280 voltz que produz, no primeiro momento, a imobilização da pessoa atingida”, informou o secretário.