Estudantes de Central Carapina fazem curta para contar a história de Malala

O filme fez parte de um projeto desenvolvido com 50 alunos

Estudantes de Central Carapina fazem curta para contar a história de Malala


Texto: Djeisan Maria - Foto: Divulgação-Sedu/PMS

Alunos do 6º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Antônio Vieira de Rezende, de Central Carapina, se transformaram em atores para encenar um pouco da vida da estudante paquistanesa Malala, conhecida mundialmente após ter sofrido um grave atentado e se tornado uma ativista em prol da educação.

O cenário e os figurinos preparados de maneira caseira não impediram que os estudantes pudessem dar seu recado para o mundo sobre temas que consideram fundamentais para os jovens como protagonismo, cidadania, igualdade de gênero, educação, conhecimento e luta por direitos.

A encenação se inspirou na história da ativista, a partir dos sentidos produzidos nas experiências vividas no projeto “Malala, Outras Vozes", criado na escola.

O filme foi a finalização do projeto, desenvolvido a partir do livro "Malala, a Menina que Queria ir para a Escola", de Adriana Carranca, e aconteceu durante todo o mês de maio.

Rolou, também, rodas de conversa, produção de texto, releitura de imagens e declamação de poesia, tudo tendo como base essa história.

O professor e coordenador do projeto, Fábio Mota, pontua que essas atividades vão além de trabalhar conceitos sociais importantes para a formação dos estudantes. “Com ações como essa, podemos tornar a escola pública cada vez mais qualificada. Nós, comunidade escolar de Central Carapina, estamos utilizando a leitura para ressignificar nossa unidade de ensino, construindo um currículo sensível ao saber vivido dos nossos estudantes, uma prática docente dialógica, que estimula o protagonismo estudantil”, afirma Mota

Participaram das atividades 50 alunos dos 6º anos matutino, com idades entre 11 e 12 anos.

A secretária de Educação da Serra, Luciana Galdino acrescenta que cultura, arte e educação são indissociáveis, em especial quando as temáticas se convergem para pensar questões que para a vida cotidiana das pessoas como, por exemplo, a garantia de direitos fundamentais, que é uma questão abordada nesta literatura.  “Esse trabalho associado ao cotidiano, potencializa a aprendizagem  e torna o ensino muito mais significativo e contextualizado para nossos estudantes”, disse Luciana. 

LiteraSerra

As atividades estão em consonância com o LiteraSerra, projeto da Secretaria de Educação da Serra, cujo objetivo é difundir e viabilizar uma escola pública onde a literatura estimula a ressignificação do espaço escolar. E ainda, nessa perspectiva, repensar o currículo onde o hábito de ler promove a experimentação do conhecimento.

Conheça a história de Malala

Malala Yousafzai nasceu em 12 de julho de 1997, na cidade de Mingora, no Vale de Swat. Em 2008, o líder talibã exigiu que as escolas paquistanesas interrompessem as aulas para as meninas, o que fez com que Malala criasse o blog “Diário de uma Estudante Paquistanesa”, no qual publicava textos sobre seu amor pelos estudos e as dificuldades de ser uma menina e estudante no Paquistão.

Por conta disso, Malala ficou famosa em todo o mundo, o que atraiu a fúria dos talibãs, que a consideravam uma ameaça contra o Islã. Então ela sofreu um ataque em outubro de 2012, quando ela estava em um ônibus que a levava para casa, com outras meninas, após um dia na escola. O atentado chocou o Paquistão e o mundo e após sua recuperação, Malala se tornou uma ativista em prol da educação.