CMJ de Planalto Serrano produziu documentário sobre grupo junino do bairro

O vídeo conta a história do grupo de quadrilhas Disse me Disse e será exibido sexta-feira (7)

CMJ de Planalto Serrano produziu documentário sobre grupo junino do bairro


Texto: Anete Lacerda - Foto: CMJ

O Centro Municipal da Juventude (CMJ) de Planalto Serrano apresenta nesta sexta-feira (7) o documentário "Um conto de Disse me Disse", com a história da quadrilha junina Disse me Disse, do próprio bairro.

O vídeo foi idealizado e produzido pela equipe de articulação do CMJ de Planalto Serrano e conta com a direção e edição da coordenadora de Articulação Kelli Simoura  e produção dos articuladores Gisele Paulo e Roniel Vieira.

Segundo os produtores do curta metragem, a Disse me Disse é um tradicional grupo de quadrilha de Planalto Serrano e já ganhou vários prêmios em festivais, e por isso se destaca no universo das festas juninas.

Quem relata a história do grupo é o seu presidente e fundador Adélio Rosa, que faz questão de participar de todos os ensaios e programações.

O quadrilheiro até hoje monta as coreografias e idealiza os temas e roteiros de cada temporada, apesar da dificuldade de mobilidade que o levou à cadeira de rodas.

O filme, que tem cerca de 12 minutos, mostra imagens da temporada de 2023, mas também outras inéditas do período da formação, em 2010. Em 2023 a Disse me Disse retratou um tradicional conto nordestino.

“Tivemos a ideia de produzir o vídeo para registrar a história e valorizar a cultura junina no território de Planalto Serrano, que muitas vezes é um território tão estigmatizado”, destaca Kelli Simoura.

A articuladora enfatiza que valorizar a cultura local é promover o fortalecimento de uma identidade cultural rica e diversa.

Homenagem

Adélio Rosa diz que está lisonjeado com homenagem tão significativa. “Esse trabalho com entrevistas, pesquisas, acervos, que conta também a história de pessoas especiais do próprio grupo, ficará marcado em nossas vidas”, elogia emocionado.

Adélio ressalta que não é fácil lidar com várias cabeças de diferentes entendimentos sobre o que é cultura, enfrentando muitas barreiras e ouvindo muitos nãos, mas faz questão de lembrar que ele nunca desistiu.

“Minha dificuldade de mobilidade nunca foi empecilho, ao contrário, me motivou e sou muito grato a Deus”, reforça.

O fundador da Disse me Disse não se esquece de agradecer a todos que estiveram ao seu lado e ajudaram a manter o grupo ativo.

 “Esse curta será um marco de extrema importância na história da Disse me Disse, que surgiu de uma brincadeira da rua Águia Branca, em Colatina, e se estendeu para toda a Grande Vitória, norte e sul do estado, e em outros estados também”, comenta com satisfação.