Serra 467 Anos: criador do brasão do município se emociona ao falar sobre a história da cidade

Marinaldo Fraga Castello, 77 anos, é morador da Serra e se orgulha de fazer parte da história do município

Serra 467 Anos: criador do brasão do município se emociona ao falar sobre a história da cidade


Texto: Melissa Künsch - Foto: Melissa Künsch

Com lágrimas nos olhos o aposentado Marinaldo Fraga Castello, 77 anos, relembra um tempo em que o município da Serra iniciava seu desenvolvimento, com a chegada de grandes indústrias, e recorda da cidade em que nasceu, com sua simplicidade.

Um serrano orgulhoso de sua origem e do lugar onde vive e que conseguiu deixar uma marca eternizada no município. Foi ele, nos anos 80, que criou o brasão do município que está em todos os documentos oficiais e prédios da Prefeitura. Ele conta que a Prefeitura, à época, lançou um concurso para a escolher o seu símbolo.

“Eu mal sabia desenhar, mas sempre tive muito amor pela Serra. Fiz os rascunhos com as minhas ideias e consegui vencer esse concurso, tenho muito orgulho”, disse ele, emocionado.

“Naquela época a Serra estava em uma explosão fantástica de desenvolvimento. Um crescimento populacional vertiginoso em Carapina. E eu sentia falta da minha antiga Serra, da Serra que eu nasci. Quis homenagear o passado e o futuro”, explica.

No brasão se destacam no topo os anos de 1556, data de sua fundação, inicialmente ocupada por povos indígenas; e 1833, quando foi desmembrado de Vitória e se tornou município.

As cinco estrelas significam os cinco distritos da cidade - Calogi, Carapina, Queimado, Nova Almeida e Serra Sede.

O Mestre Álvaro, monumento natural símbolo da Serra, também está representado, assim como sol que se põe todos os dias por trás do monte, além das belas praias do município.

A chegada do progresso foi representada pelo desenho de uma indústria e pelas engrenagens. “É o início da nova Serra, que nunca mais deixou de se desenvolver e virou um dos destaques da economia capixaba”, avalia seu Marinaldo.

As cores escolhidas remetem à agricultura. “O município se destacava pela produção de café no sopé do Mestre Álvaro. Aí por isso escolhi o verde. O amarelo remete ao abacaxi e ao arroz, que tinham uma cultura forte aqui”, explica.