Hora de Brincar: projeto atende 240 crianças na Serra

O objetivo é aprimorar as habilidades físicas, cognitivas e sociais de crianças de 1 a 4 anos

Hora de Brincar: projeto atende 240 crianças na Serra


Texto: Mariana Santos - Foto: Mariana Santos

O projeto Hora de Brincar, que oferece um espaço com atendimento especializado às crianças da Serra, atende cerca de 240 pequenos em suas três unidades.

Visando trabalhar a estimulação, o desenvolvimento, a criatividade, a imaginação e a autoestima, os profissionais vão aprimorando as habilidades físicas, cognitivas e sociais de crianças de 1 a 4 anos, com atendimentos duas vezes por semana. 

Liliane do Nascimento, moradora do bairro Taquara I, é mãe da Laís, de 4 anos, que participa do projeto desde fevereiro. Segundo ela, desde que a filha passou a frequentar o espaço, a evolução foi perceptiva.

"Minha filha é autista, então antes ela não conversava com ninguém, não tinha muita interação, mas hoje ela é outra criança. Quando chegava aqui, começava a chorar, hoje ela não quer nem ir embora", destacou. 

O projeto possui unidade em Parque Residencial Laranjeiras, Jacaraípe e Serra Sede. A Serra é o único no município que atende a primeira infância e cerca de 90% dos atendidos são crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Os educadores realizam atividades personalizada com cada turma, que possui 10 crianças, e frequentam o Hora de Brincar duas vezes por semana.

Adriana Rocha, de Nova Carapina, é mãe do Davi, de 4 anos. Os profissionais do espaço e o grupo de mães comentam que o pequeno era muito hiperativo e foi um processo muito longo até que ele aceitasse participar das atividades.

"O Davi era extremamente agitado, não queria ficar aqui de jeito nenhum. Foram muitos meses de trabalho, eu quis até desistir, mas a equipe me motivou a continuar e hoje eu sou grata por isso. Ele agora convive com outras pessoas", disse Adriana. 

Há meses frequentando o espaço, as mães também formaram uma rede de apoio, compartilham das experiências e se unem para continuar. Para elas, se o projeto não existisse, os filhos não teriam ajuda para se desenvolverem, devido ao custo das terapias e as condições familiares.

"Se minha filha não tivesse aqui hoje, ela estaria em casa, atrasando ainda mais o desenvolvimento. Isso daqui é essencial", comentou Liliane.

"Por meio do brincar essas crianças têm a oportunidade de praticar interações sociais, expressão emocional e aprimoramento das habilidades motoras, contribuindo para seu desenvolvimento global. Além disso, o projeto oferece suporte para os pais e cuidadores, fornecendo orientações sobre como estimular as crianças em casa", disse Claudia Silva, secretária de Assistência Social da Serra.