A importância da inclusão das pessoas com deficiência é tema de diversas atividades nas escolas e centros municipais de educação infantil da Serra durante o mês de setembro. É a campanha Setembro Verde, que desde 2021 faz parte do calendário escolar da rede municipal. Palestras, oficinas, cafés inclusivos com as famílias e experiências sensoriais farão parte da programação que tem como objetivo incentivar o respeito às diferenças e promover o debate sobre a inclusão nas comunidades escolares. 

Para a gerente de Educação Especial da Serra, Karolini Pattuzzo, a campanha Setembro Verde é uma oportunidade de reafirmar o compromisso da rede municipal com uma educação que acolhe e valoriza cada pessoa. 

“As atividades que acontecem nas escolas e CMEIs da Serra mostram que inclusão se constrói na prática, no dia a dia, com diálogo, respeito e convivência. Quando vivenciamos experiências sensoriais, linguagens diferentes e momentos de troca com as famílias, fortalecemos a ideia de que as diferenças são um patrimônio da nossa rede e que aprender com elas é essencial para formar cidadãos mais humanos e conscientes”, disse. 

Ela lembra que, ao longo do ano, a gerência promove formações continuadas, assessoramento em escolas e diversas outras ações para fomentar a inclusão na rede. Atualmente, a Serra atende 6,1 mil estudantes de Educação Especial o que inclui as deficiências físicas, sensoriais, intelectuais e os transtornos globais do desenvolvimento, além de altas habilidades ou superdotação. O município conta com 71 salas de recursos multifuncionais que visam potencializar a aprendizagem e a inclusão dos estudantes da Educação Especial, além de escolas-polo para atendimentos específicos.

Programação
Nesta quinta-feira (4), a Escola Municipal Carla Patrícia, localizada em Balneário de Carapebus, recebe o Grupo de Teatro da Apae. Já na sexta-feira (5) será realizada uma contação de histórias sobre o tema, incluindo a apresentação de uma música em libras pelos estudantes do 4º ano. Já entre os dias 16 e 18 de setembro, as turmas participarão de uma atividade de construção de palavras em braile.

Já a Escola Professora Iolanda Schneider Rangel da Silva (foto), em Porto Canoa, realiza até o dia 5 de setembro a produção da "árvore da inclusão", além da sensibilização dos estudantes sobre o tema. No dia 10 de setembro está marcado um café especial para cada turno, com a temática “Uma mãe ajuda a outra”. A escola também prepara um circuito sensorial para os dias de 15 a 19 de setembro. Além disso, realiza seus jogos paralímpicos a partir do dia 22. Na mesma data, recebe a atleta paralímpica Maria de Fátima da Silva. A programação se encerra no dia 1º de outubro com o 1º Encontro de Mães Atípicas.

A Escola Sônia Regina realizou a abertura da campanha nesta terça-feira, com a apresentação do tema nas turmas. De 8 a 12 de setembro acontecem as visitas à sala sensorial e aulas de educação física inclusiva. Entre os dias 15 e 19, a escola realiza um café inclusivo com apresentações musicais e exposição de trabalhos dos estudantes. A escola também vai realizar dinâmicas, painéis e exibição de filmes, além de roda de conversas e apresentação musical.

Na Escola Serrana, além da sala sensorial, dos jogos adaptados e do teatro com o grupo da Apae, também haverá um momento de celebração ao Dia do Surdo, em 26 de setembro, com a presença das famílias do 4º ano A. Na programação estão previstas apresentações culturais, exibição de filmes e apresentação de trabalhos dos estudantes.

O Centro Municipal de Educação Infantil Paulo Martinho Gomes, no Centro da Serra, vai promover um momento de contação de histórias com temática inclusiva para as crianças. Já as famílias do público-alvo da educação especial vão participar de um café inclusivo com reflexões e troca de experiências, além de apresentações das crianças. Também haverá oficinas sensoriais com as crianças e palestra sobre inclusão para toda a comunidade escolar.

Esses são alguns dos exemplos de ações que serão realizadas durante o Setembro Verde, mas a gerente de Educação Especial da Sedu, Karoliini Pattuzzo, lembra que a programação vai além: todas as escolas e centros municipais da rede municipal vão realizar alguma atividade sobre o tema. “Vamos levar essa reflexão sobre a inclusão para toda a rede, seja com atividades e apresentações, seja com as conversas na sala de aula e com a comunidade escolar”, conclui.